domingo, 29 de março de 2009

clandestino

Poesia e música.
Seria tão bom que essas duas palavras sempre andassem juntas, que toda música fosse um poema ou que todo poema fosse facilmente musicável.
A música, romântica, aquela doce voz que entra em nossa mente, que diz tudo que não temos coragem de dizer e aquela melodia que nos faz flutuar.
O poema que nos leva para outro mundo, que nos faz criar personagens e até mesmo nos faz identificar com os personagens que lá estão, o poema que é tão bom quando conforta-nos e parece que foi escrito para aquela situação.
Cada dia mais raros, cada dia mais distantes...
Nem sempre esquecidos e por muitas vezes lembrados, como é o caso dessa linda música que acompanha esse texto, de um grupo lisboeta chamado Deolinda e a música chama-se "Clandestino".

Deixo abaixo a letra da música.
Se seu computador não tem áudio não há problema, leia o "poema".
É utópico? Sinceramente, já não sei de nada...
O que sei é que o conjunto da obra (letra e música), sabe muito bem!


Deolinda - Clandestino
Composição: Pedro da Silva Martins

a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino






(o vídeo é lindo)

Um "post" diferente do anterior, talvez estranhe ou não perceba, mas, não crie conclusões, pois como disseram-me a dias: - "Conclusivos é uma coisa que não somos"...


Era isso por hoje!
Um abraço á todos!

3 comentários:

Anónimo disse...

achei triste "/ mas na maioria das vezes, são as tristezas que mais nos ensinam ;)
morro de saudade, beijão.
MYLLA

JaqueDal disse...

Que coisa gostosa de ouvir...
Onde tem mais???
Putz, que saudade piá!
Bjks

José disse...

Conclusivos é uma coisa que não somos

e cativam-me tuas palavas.